28.7.09

 
Atos secretos


Nossos atos, mais do que secretos, são abjetos.

Antigos, datam do descobrimento deste país onde as vergonhas quedam-se a céu aberto, loucas pra serem descobertas, encobertadas ou abortadas (como um feto que é puro dejeto).

Mas longe de serem obsoletos, são como carrapatos que mimam e mamam nas tetas de um governo decrépito.

Nascem de violentas canetadas, caneladas e outros golpes baixos feitos na surda surdina de tudo o que a pudica imprensa não publica (e, mesmo que publicasse, nos lixamos para a opinião pública).

Ainda que os saibamos tortos, os temos por direito, dado pelo voto sem veto de um povo cordial e quieto, brisado na eterna bruma do país do futuro do pretérito.

Criados pra serem poucos, são fartos como a sanha sarneyesca cuja sarna sempre se assanha mais, pois precisa dar conta de parentes, aderentes, lobos, lobistas e várias contas correntes.

Na realidade, nossos atos não são secretos, não, senhor. São apenas porcos que chafurdam por aí sem nenhum pastor.

11.7.09

 
En(trave)

Na verdade, bateu na sombra da trave.

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