14.7.10

 
Vim buscar tudo o que é meu II


É possível perder duas vezes algo que nunca se tinha ganhado?

Esperar por alguém que sempre foi um eterno atraso de vida?

Juntar-se a uma cara-metade que não vale nem a metade de um cara?

Gostaria de saber suas respostas pra essas minhas perguntas tão internas que nem ousam se fazer ouvir. E, mesmo que falasse, adiantaria? Você responderia sem nenhum tipo de ajuda? Preferiria testes de múltipla escolha? Justo quem se viciou em escolhas erradas?

Não, você não as ouve. Nem preciso dizê-las. Tenho as respostas dentro de mim. E fora. Na imagem de que me lembro e não é essa que se espelha no espelho dos seus olhos. Nas rugas que retardam lágrimas já demoradas. Na balança reveladora do meu desequilíbrio. Em tudo aquilo que fui e hoje se foi.

Se quero voltar? Engraçado escutar isso alguns séculos depois. Não. Só voltei aqui pra confirmar que você é um caminho sem volta. E, se nunca tive você, desta vez eu é que não quero me perder.

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